MetaReciclagem - fisl http://rede.metareciclagem.org/taxonomy/term/1057/0 pt-br Porto Alegre http://rede.metareciclagem.org/blog/07-07-11/Porto-Alegre <p>Fui semana passada a Porto Alegre, minha terra natal, a convite do GT de Cultura do <a href="http://softwarelivre.org/fisl12" rel="nofollow">FISL</a>, o F&oacute;rum Internacional de Software Livre. Fazia muito tempo que eu n&atilde;o participava do f&oacute;rum. A &uacute;ltima foi em 2004, quando fui de carro com <a href="/pessoa/dmartins" rel="nofollow">Dalton</a> e Fejuada. Naquela vez conhecemos o <a href="http://ianlawrence.info" rel="nofollow">Ian</a>, junto com um monte de hackers do mundo todo que se reuniam na <a href="http://debconf4.debconf.org" rel="nofollow">Debconf</a>, visitamos o embrion&aacute;rio projeto dos Maristas que se tornaria o CRC de Porto Alegre e encontramos um monte de gente e projetos interessantes. Era o auge da &eacute;poca em que as redes ativistas de m&iacute;dia, os produtores culturais, o software livre e pessoas envolvidas com pol&iacute;ticas p&uacute;blicas se aproximavam, em uma efervesc&ecirc;ncia de ideias e ideais que posteriormente se mostrou muito produtiva (e problem&aacute;tica, por certo).</p> <p>Hoje os tempos s&atilde;o outros. O impacto inicial passou, a inova&ccedil;&atilde;o foi assimilada e em alguns sentidos acomodada nas possibilidades da realpolitik. Um movimento forte de rea&ccedil;&atilde;o &agrave;quele potencial libert&aacute;rio est&aacute; avan&ccedil;ando a passos largos em quase todas as <a href="http://desvio.cc/blog/inovacao-e-tecnologias-livres-parte-1-decada-que-foi" rel="nofollow">conquistas da &uacute;ltima d&eacute;cada</a>. Pairam sobre n&oacute;s as amea&ccedil;as &agrave; privacidade, &agrave; neutralidade da rede, ao livre compartilhamento de conhecimento. O Minist&eacute;rio da Cultura, mais do que desacelerar, engatou marcha &agrave; r&eacute;, relegando &agrave; precariedade dezenas de projetos importantes de todo o pa&iacute;s.</p> <p>Perdi o primeiro dia de programa&ccedil;&atilde;o. Estava em tr&acirc;nsito desde Ubatuba: carona at&eacute; Caraguatatuba, &ocirc;nibus com escala em S&atilde;o Jos&eacute; rumo ao aeroporto de Guarulhos, voo tranquilo at&eacute; Porto Alegre. Nos dias seguintes fiquei flanando pela programa&ccedil;&atilde;o, feliz de reencontrar e conversar de novo com um monte de gente boa. <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking">MetaReciclagem</a> est&aacute; sempre nesses eventos, mesmo que impl&iacute;cita (talvez naturalmente impl&iacute;cita). Antes de tudo as redes de afetos, como profetizam <a href="http://culturadigital.br/ruiz" rel="nofollow">Ruiz</a> &amp; <a href="http://bailux.wordpress.com" rel="nofollow">Bailux</a>.</p> <p>Participei meio na diagonal do debate sobre Recursos Educacionais Abertos, organizado pela Bianca Santana. Estava ali feliz assistindo &agrave;s apresenta&ccedil;&otilde;es de <a href="http://softwarelivre.org/samadeu/blog" rel="nofollow">Sergio Amadeu</a>, <a href="void(0);/*1310071544863*/" rel="nofollow">Nelson Pretto</a> e <a href="http://rejon.org/ " rel="nofollow">Rejon</a> quando fui convidado a falar. N&atilde;o tinha preparado nada, mas tentei comentar que mais importante do que disponibilizar material com licen&ccedil;as livres &eacute; incentivar a sensibilidade de compartilhar, estimular que as pessoas percam o medo de &quot;mexer&quot; nas &quot;cria&ccedil;&otilde;es&quot; alheias, percam o medo de apropriar-se efetivamente n&atilde;o s&oacute; dos objetos educacionais mas tamb&eacute;m dos processos que eles sup&otilde;em e engendram.</p> <p>A <a href="http://thacker.com.br" rel="nofollow">Transpar&ecirc;ncia Hacker</a> estava trabalhando em uma sala da PUC, e abriu espa&ccedil;o para metarecicleirxs que quisessem mesas, cadeiras e um wifi n&atilde;o t&atilde;o ruim quanto nos audit&oacute;rios. Aproveitamos para come&ccedil;ar a debater por l&aacute; alguns planos que a <a href="http://elenaralelex.wordpress.com/" rel="nofollow">Lelex</a> est&aacute; come&ccedil;ando a desenvolver junto ao Memorial do F&oacute;rum Social Mundial que vai ser criado no centro de Porto Alegre.</p> <h1>MCT Livre?</h1> <p>A sexta-feira come&ccedil;ou com boas perspectivas: Sergio Amadeu organizou uma <a href="http://www.trezentos.blog.br/?p=6116" rel="nofollow">conversa</a> de integrantes de diversos grupos, redes e coletivos presentes no FISL com o ministro da Ci&ecirc;ncia e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Alguns dias antes, o ministro j&aacute; tinha dado uma declara&ccedil;&atilde;o importante em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; rea&ccedil;&atilde;o da imprensa depois dos supostos ataques a sites do governo: diferenciando hackers de crackers, defendendo a transpar&ecirc;ncia e indicando que o MCT ia adotar medidas de transpar&ecirc;ncia total nesse sentido. A conversa no FISL vinha embalada nessa perspectiva. Foi tamb&eacute;m na sala da Transpar&ecirc;ncia Hacker - que ficou lotada de gente - que encontramos o ministro para sugerir caminhos e possibilidades de apoio ao campo mais amplo do conhecimento livre no Brasil.<br /> Eu fui um dos primeiros a falar, e tentei trazer a perspectiva na qual tenho insistido, da <a href="http://efeefe.no-ip.org/livro/laboratorios-pos-digital" rel="nofollow">inova&ccedil;&atilde;o baseada em tecnologias livres</a>. Comentei rapidamente sobre as pesquisas do projeto <a href="http://redelabs.org" rel="nofollow">redelabs</a>, buscando estruturas e modelos para operar na fronteira entre arte, ci&ecirc;ncia, tecnologia e educa&ccedil;&atilde;o. Chamei a aten&ccedil;&atilde;o para um aspecto espec&iacute;fico: o modelo de inova&ccedil;&atilde;o. Enquanto ficarmos presos &agrave; inova&ccedil;&atilde;o industrial, que &eacute; orientada somente por crit&eacute;rios de gera&ccedil;&atilde;o de patentes para explora&ccedil;&atilde;o comercial, estamos desperdi&ccedil;ando um potencial criativo enorme. &Eacute; importante estimular tamb&eacute;m inova&ccedil;&atilde;o que tenha relev&acirc;ncia social e educacional. Que trabalhe conhecimento de fronteira (o que eu comentei outro dia como &quot;fazer o amanh&atilde;, pensando o depois de amanh&atilde;&quot;). Comentei que existem iniciativas pequenas, granulares, que t&ecirc;m um papel fundamental nos tempos atuais. E que na pol&iacute;tica de inova&ccedil;&atilde;o falta geralmente o aspecto de experimenta&ccedil;&atilde;o: de agentes criativos travarem contato com tecnologias, mas tamb&eacute;m de incorporarem as possibilidades de deriva, descoberta, do erro como mat&eacute;ria prima. Questionei a necessidade de ter objetivos fechados antes mesmo de come&ccedil;ar a pesquisar. Sugeri que alguns caminhos est&atilde;o sendo sugeridos no mundo todo com os hackerspaces, hacklabs, fablabs - que n&atilde;o desenvolvem somente hardware e software mas tamb&eacute;m maneiras de entender as tecnologias e seu papel na sociedade. Tamb&eacute;m propus pol&iacute;ticas que tratem de tecnologia livre, em sentido amplo: n&atilde;o somente computadores e software como tamb&eacute;m linguagem, metodologias de aplica&ccedil;&atilde;o de conhecimento. Que incentivem a deriva, a descoberta, o erro. Que estabele&ccedil;am meios de financiar projetos de fronteira, de maneira descentralizada e integrada.</p> <p>Bastante gente falou naquela manh&atilde; - eu destaco a contribui&ccedil;&atilde;o da Dani da Thacker, provocando uma reflex&atilde;o sobre o projeto Cultura Viva que culminou com a ideia de &quot;Pontos de C &amp; T&quot;. Vi Mercadante fazendo anota&ccedil;&otilde;es em seu caderno nesse momento, e me pareceu uma semente bem plantada. Houve tamb&eacute;m contribui&ccedil;&otilde;es sobre dezenas de assuntos: hardware livre, fabrica&ccedil;&atilde;o, formaliza&ccedil;&atilde;o de atividades, o engessamento dos fundos de inova&ccedil;&atilde;o, e por a&iacute; vai.</p> <p>Ao fim, o ministro tomou de volta a palavra e comentou alguns pontos que tinham chamado a aten&ccedil;&atilde;o dele no discurso do pessoal. Em seguida, deu algumas sugest&otilde;es de encaminhamento: apoio do CTI, medidas para desonerar a produ&ccedil;&atilde;o de hardware e software, para desburocratizar pequenos empreendimentos, para adequar os sistemas do minist&eacute;rio aos princ&iacute;pios de abertura e transpar&ecirc;ncia. Comentou sobre a realiza&ccedil;&atilde;o de uma olimp&iacute;ada de tecnologia, an&aacute;loga &agrave;s olimp&iacute;adas de matem&aacute;tica. Por fim, pediu que todas as nossas contribui&ccedil;&otilde;es fossem compiladas em uma proposta e apresentadas formalmente ao Minist&eacute;rio.</p> <p>Eu confesso que me surpreendi com o n&iacute;vel de compreens&atilde;o e abertura que Mercadante demonstrou ter sobre os temas. At&eacute; ent&atilde;o eu tinha a impress&atilde;o, principalmente por conta do epis&oacute;dio da Foxconn, de que ele estava totalmente alinhado com a posi&ccedil;&atilde;o que no limite submete o Brasil aos fundamentos da geopol&iacute;tica atual - em que Europa e Estados Unidos projetam tecnologias e os BRICs fabricam coisas. Pela conversa, percebi que existe a possibilidade de criar estrat&eacute;gias mais inteligentes e din&acirc;micas. Resta saber se a burocracia vai potencializar essa vis&atilde;o ou tornar-se obst&aacute;culo.</p> <p>A &iacute;ntegra da conversa com Mercadante est&aacute; dispon&iacute;vel <a href="http://adrianomelo.com/arquivos/thackday.ogg " rel="nofollow">aqui</a> (audio/ogg).</p> <h1>Centro, FSM, fim de FISL</h1> <p>&Agrave; tarde, parti para o centro de Porto Alegre. Encontrei Lelex, Ruiz, Fernanda Scur e Adriano Belis&aacute;rio no subsolo do Memorial do Rio Grande do Sul. Conhecemos o espa&ccedil;o que vai sediar o Memorial do FSM, e ficamos algum tempo devaneando sobre possibilidades de ocupa&ccedil;&otilde;es metarecicleiras. O pr&eacute;dio era a antiga sede dos Correios, e isso pode ser um elemento forte - comunica&ccedil;&atilde;o, circula&ccedil;&atilde;o de conhecimento, aproxima&ccedil;&atilde;o de dist&acirc;ncias. Em momento oportuno a gente publiciza as ideias que surgiram, mas j&aacute; adianto que s&atilde;o joinha ;).</p> <p>Na sa&iacute;da, <a href="http://barraponto.blog.br/" rel="nofollow">Capi Etheriel</a> se juntou a n&oacute;s. Ainda andamos um pouco pelo centro de Porto Alegre, em meio &agrave;s minhas lembran&ccedil;as de inf&acirc;ncia e adolesc&ecirc;ncia. Acabamos caindo na CCMQ para bebidas quentes. Sa&iacute; de l&aacute; para visitas de fam&iacute;lia.</p> <p>&Agrave; noite, encontrinho espont&acirc;neo no Caf&eacute; Bonobo, no Bom Fim. Ambiente agrad&aacute;vel, cervejas artesanais, comida vegetariana criativa. Microna&ccedil;&atilde;o metarecicleira se aproximando. Ficamos um bom tempo por l&aacute;. F&ecirc; Scur levou o pequeno L&eacute;o, com seus onze meses rec&eacute;m completos. Eu e Capi aproveitamos a chance para matar a saudade de beb&ecirc;s de colo... conversas boas pela noite toda e a tradicional saideira na Lancheria do Parque.</p> <p>S&aacute;bado voltei ao FISL para circular um pouco e encontrar mais algumas pessoas. Assisti &agrave; apresenta&ccedil;&atilde;o do Jon Philips sobre o <a href="http://milkymist.org" rel="nofollow">Milkymist</a>: um dispositivo para fazer efeitos de v&iacute;deo em tempo real, baseado totalmente em software livre e cujos esquemas de fabrica&ccedil;&atilde;o s&atilde;o tamb&eacute;m livres. O Milkymist &eacute; um projeto interessante em si, mas ainda mais importante &eacute; o que ele representa: uma solu&ccedil;&atilde;o de hardware desenhada por uma equipe pequena e coesa, que pode ser fabricado em qualquer lugar do mundo. E baseado em conhecimento livre.</p> <p>Sa&iacute; do FISL com a impress&atilde;o de que o f&oacute;rum est&aacute; mais s&eacute;rio e objetivo. Em termos pr&aacute;ticos isso pode ser positivo, mas sinto que aquele clima de fantasia, de inven&ccedil;&atilde;o de novos tempos, de &aacute;reas nebulosas entre realidade e desejo, definitivamente se foi. Ressalvo somente a exce&ccedil;&atilde;o do improv&aacute;vel canto cyberpunk dos <a href="http://www.maristas.org.br/portal/pagina.asp?IDPag=68" rel="nofollow">maristas</a>, que mant&eacute;m viva a chama da gambiarra. No geral, entretanto, resta a fria efic&aacute;cia da tecnologia como ferramenta. Espero que as pr&oacute;ximas edi&ccedil;&otilde;es reativem a dimens&atilde;o <a href="http://tecnomagxs.wordpress.com" rel="nofollow">tecnom&aacute;gica</a> que tanto nos seduz &amp; inspira.</p> <p>A caminho da porta, ainda vi uma multid&atilde;o de adolescentes com m&aacute;scaras de V e assinaturas improvisadas de grupos de &quot;seguran&ccedil;a&quot;. Sa&iacute; sorrindo.</p> <h1>A(&aacute;)gora</h1> <p>Para encerrar a tarde de s&aacute;bado, voltei ao centro de Porto Alegre. H&aacute; alguns meses, circulou nas redes uma <a href="http://mutgamb.org/blog/Chamada-para-projetos-Agora-Criacoes-em-Rede" rel="nofollow">chamada</a> por projetos de &quot;tecnologias sociais&quot; para a exposi&ccedil;&atilde;o do projeto <a href="http://agora.art.br" rel="nofollow">Agora/&Aacute;gora</a>, curado por <a href="http://nomada.blogs.com/" rel="nofollow">Juan Freire</a> com o apoio da <a href="http://karlabru.net/" rel="nofollow">Karla Brunet</a>. Mandei um textinho sobre a <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking">MetaReciclagem</a>, que acabou entrando. N&atilde;o tivemos mais muito feedback sobre o evento. De qualquer forma, naquele s&aacute;bado &agrave; tarde, &uacute;ltimo dia do FISL, ia rolar um debate sobre &quot;Estrat&eacute;gias para Autonomia: Tecnologia e Inova&ccedil;&atilde;o Social&rdquo; com Juan e Karla, mais algumas pessoas de l&aacute;. Uns dias antes, avisei que estava na cidade e me convidaram a participar.</p> <p>Fiquei sabendo que eles chamaram um pessoal de Porto Alegre para criar uma instala&ccedil;&atilde;o sobre &quot;<a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking">MetaReciclagem</a>&quot;. Cheguei l&aacute; e tinha uns tr&ecirc;s computadores velhos rodando linux. N&atilde;o foi t&atilde;o ruim assim, mas pra chamar de <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking">MetaReciclagem</a> faltou informar na rede. De todo modo, topei o debate. Eu n&atilde;o conhecia o Santander Cultural, uma dessas megainstitui&ccedil;&otilde;es culturais ligadas a bancos que est&atilde;o ficando comuns nos anos recentes. Dei uma volta pelo lugar, saquei a exposi&ccedil;&atilde;o do Agora/&Aacute;gora, desci ao caf&eacute; no subsolo para um chocolate quente (inverno ga&uacute;cho &eacute; frio).</p> <p>Encontrei Karla no corredor e logo subi. Conheci finalmente Juan Freire, cujos textos eu leio e admiro desde que morei em Barcelona. O debate come&ccedil;ou com Juan conceituando um pouco as &quot;tecnologias sociais&quot;, falando sobre a primavera &aacute;rabe e os 15M espanhol. Karla contou um pouco sobre os projetos que foram selecionados para a mostra online. Tinha tamb&eacute;m uma menina designer ou arquiteta, acho que da Unisinos, que mostrou um v&iacute;deo sobre &quot;tecnologias sociais&quot; com musiquinha de elevador que quase me derrubou de sono. N&atilde;o consegui prestar aten&ccedil;&atilde;o &agrave; apresenta&ccedil;&atilde;o dela, de t&atilde;o entediante.</p> <p>Em seguida, tomou a palavra um professor da ESPM, Felipe Scherer. Falou tanta baboseira corporativa que eu fiquei me co&ccedil;ando pra comentar. Usou como exemplo de inova&ccedil;&atilde;o a campanha para criar um sabor novo de Ruffles. E ele parecia falar s&eacute;rio, como conv&eacute;m a esse tipo de gente. Incorreu um monte de vezes em met&aacute;foras militares ou da &eacute;poca da revolu&ccedil;&atilde;o industrial (impacto, atingir, concorrer). Falou que para obter impacto na sociedade s&atilde;o necess&aacute;rias um monte de coisas (um daqueles slides de professor da ESPM). Entre elas, propriedade intelectual.</p> <p>A&iacute; chegou minha vez. Era tanta merda que meu xar&aacute; tinha falado que decidi nem tentar rebater. Mais complicado do que o texto dele era todo o subtexto que ele implica, de legitima&ccedil;&atilde;o de um estilo de vida consumista, alienado, distanciado, desumano, materialista, individualista e mesquinho. Mas deixei pra l&aacute;.</p> <p>Acabei dando aquela geral sobre a hist&oacute;ria da <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking">MetaReciclagem</a>. Uma hist&oacute;ria que eu repeti vezes sem conta, ent&atilde;o n&atilde;o preciso contar outra vez aqui. Mas fazia tempo que eu n&atilde;o exercitava essa narrativa, e isso acabou trazendo alguns insights que vou explorar em outros posts no site da <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking">MetaReciclagem</a> assim que der tempo.</p> <p>O debate depois foi meio surreal, com um careca afirmando que Steve Jobs &eacute; o rei da inova&ccedil;&atilde;o e besteiras parecidas. No fim, um garoto comentou que minha fala tinha deixado ele inquieto. Ele falou que n&atilde;o tinha entendido se a <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking">MetaReciclagem</a> era &quot;uma ONG, um coletivo, uma empresa, uma a&ccedil;&atilde;o entre amigos...&quot;. Comentei que se ele fez essa pergunta &eacute; porque n&atilde;o tinha entendido mesmo. Que a <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking">MetaReciclagem</a> n&atilde;o &eacute; nada disso. E n&atilde;o quer ser.</p> <p>Gostei tamb&eacute;m dos projetos que os dois organizadores do Agora/&Aacute;gora, Aron e Daniel, est&atilde;o come&ccedil;ando a desenvolver, que t&ecirc;m a ver com a valoriza&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o p&uacute;blico, fazer as pessoas repensarem a rela&ccedil;&atilde;o que t&ecirc;m com os espa&ccedil;os e a cidade. Eles chamam isso de <a href="http://estudionomade.wordpress.com/2011/05/04/manifesto-da-transvencao/" rel="nofollow">Transven&ccedil;&atilde;o</a>.</p> <p>Semana corrida, muita coisa pra digerir. No fim das contas, apesar das cr&iacute;ticas pontuais que eu fa&ccedil;o aos dois eventos, eles deram motivo pra pensar. Voltei querendo agitar umas coisas da <a href="/freelinking/MetaReciclagem" class="freelinking">MetaReciclagem</a> que est&atilde;o meio paradas.</p> <p>Vamo que vamo!</p> <p><strong>Atualizando:</strong>&nbsp;encontrei os v&iacute;deos da <a href="http://www.youtube.com/watch?v=U_ZSgEnAggc" rel="nofollow">reuni&atilde;o com o ministro</a> e do <a href="http://twitcasting.tv/agora_agora/movie/1955051" rel="nofollow">debate durante o Agora/&Aacute;gora</a>.</p><div class="og_rss_groups"><ul class="links"><li class="og_links first last"><a href="/conectaz/Mutir%C3%A3o-da-Gambiarra">Mutirão da Gambiarra</a></li> </ul></div> http://rede.metareciclagem.org/blog/07-07-11/Porto-Alegre#comments agora agora fisl MCT política pública porto alegre Mutirão da Gambiarra Thu, 07 Jul 2011 20:47:01 +0000 felipefonseca 2053 at http://rede.metareciclagem.org