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sab, 15/12/2012 - 21:16

Existe diferença entre ser o ego e estar no ego?

Parte do texto extraída da lista de e-mail [email protected] para contextualizar, a última resposta eu resolvi postar aqui em vez de responder na lista.

Em 14-12-2012 23:39, eiabel lelex escreveu:

tenho coisas prá compartir, claro que não no nível de vcs,

 

Em 14 de dezembro de 2012 22:52, Iuri Guilherme escreveu:

Eu vou registrar aqui meu desejo sincero, de que antes de eu partir deste mundo, esta frase se torne um absurdo sem sentido, a ponto de nenhum ser humano ter algum tipo de condição de sequer pensar que existe alguma possibilidade de se dizer isto.

Até quando seremos atormentados por estes conceitos que nos obrigam a olhar para as pessoas e classificá-las em níveis?

A Lelex deixou escapar porque ela não consegue evitar de ser sincera o tempo inteiro, mas quantas vezes a gente tenta camuflar no nosso discurso, quantas vezes a gente fica tentando fazer de conta que não é com a gente? Quantas vezes a gente fica se enganando que a gente não vê as pessoas como inteligentes e burras, estultas e sábias, boas e ruins? Quantas vezes a gente se ilude de que a gente não classifica as pessoas em níveis através de medidas abstratas ou empíricas, níveis intelectuais, níveis emocionais, níveis de liberdade, níveis de sucesso, níveis de aglutinação financeira ou de outra ordem? Quantas vezes olhamos para as pessoas e "percebemos" facilidade e dificuldade nisto e aquilo, como se uns fossem melhores ou piores que os outros?

Será que antes de eu morrer eu vou ter o direito de ter outro assunto com alguém além de presunções, julgamentos?

O que é que falta para mostrar pra todo mundo que todo mundo tem alguma coisa para compartilhar? O que é que falta para mostrar pra quem acha que tem muito e pra quem acha que tem pouco que todo mundo tem a mesma coisa, e ninguém pode ganhar nada, ninguém pode acumular nada, todo mundo só pode dar e receber sem nunca perder ou ganhar alguma coisa em primeiro lugar?

 

Em 15 de dezembro de 2012 03:55, Orlando da Silva escreveu:

Iuri, queria conseguir te ler sempre.
Ô consistência!

 

Em 15-12-2012 08:24, eiabel lelex escreveu:

identificar a cognição com o pleno processo da vida - incluindo percepções, emoções e comportamento - entendendo como um processo que não envolve uma transferência de informações nem representações mentais de um mundo exterior. Na teoria dos sistemas vivos a mente não é uma coisa, mas um processo.

essa hora da manhã, tanta criatura que depende de mim nessa casa, me empolguei com a fala do Iuri, mas minha cabeça tá cantando e os gatos estão miando, ainda bem que os cachorros não estão latindo... al´m do que, meus neurônios ficam gritando: entender a complexidade da natureza não é possível através do controle e da dominação, mas sim por meio do respeeito, da coopeeração e do diálogo; coloque 8 partícula do lado esquerdo, é só uma manira d fazer isso, mas, se colocar 7 do lado esquedo e uma do lado direito, há 8 possibilidades diferentes, pois a unica partícula do lado direito pode ser cada uma das 8 partículas por vez; ai... vou fazer um chimas... organizar os neurônios, limpando a casa e fazendo terapia: ter a pia cheia de louça para lavar.

 

Alguma coisa que provavelmente vai ser identificada como Iuri Guilherme, compulsoriamente ou voluntariamente, tanto faz, em algum momento próximo ao que seria o agora, escreveu:

"A fala de Iuri está causando problema para a ordem do Universo"

Quando foi o momento em que minha mente esteve ausente que eu permiti, sem reprender, sem reprimir, que alguma pessoa pudesse concluir que um personagem meu tem algum tipo de relevância no processo de vida de alguém?

Parece o contrário de ser livre de algum tipo de ego para mim.

Parece que eu deliberadamente aceitei ser alguém, ser algum tipo de coisa que é possível nomear, comparar, julgar, idealizar.

Tem como sentir alguma coisa além de nojo? Como é que alguém pode querer isto em primeiro lugar?

Sinto que faço um desserviço para qualquer um que estava tentando fugir de ter que ler isto,

sinto que não tem como não escrever,

e se eu pudesse escrever nas paredes e depois queimar a casa comigo dentro?

 

Licença: Use o texto, contanto que não cite o meu nome. De preferência assuma a autoria e seja ridicularizadx no meu lugar.

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